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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Se ele fosse vivo, mandava-os tomar banho

Cristiano Ronaldo é a figura mais conhecida de Portugal é uma referência mundial e é o nosso maior caso de sucesso, próximo dele apenas o génio Artur Virgílio Alves dos Reis, jogador de outros futebóis.

Alguém escreveu com muita propriedade - “a  história do sucesso de Cristiano Ronaldo acontece numa época em que a sorte passou a ser a variável menos importante no mundo do futebol e em que a competição, o esforço e o profissionalismo tomaram a iniciativa e só mesmo os melhores em todas as competências conseguiram chegar ao fim. E Cristiano Ronaldo chegou do fim do mundo, dos confins da Madeira ao topo do futebol, e ficou por lá anos sem fim como o melhor jogador de todos os tempos. E porquê? À custa de muito talento, de muito trabalho.”

Como o português é um gajo canalha, esqueceu-se rapidamente de tudo o que o Ronaldo fez, e agora passa o tempo a morder-lhe cobardemente o calcanhar, talvez por inveja, só pode…

Para combater essa canalhice, eu saio em contramão e dizer que vibrei com os muitos golos que ele marcou, no Manchester United, no Real Madrid, na Juve, na Seleção de Portugal e no Sporting.

O português é invejoso e nunca dá valor aos seus, apenas dá valor aos ciganos que roubaram os cavalos aos espanhóis na célebre batalha dos Montes Claros, perto de Vila Viçosa em 1665, o que levou a que os espanhóis a perdessem a batalha.

Os comentadeiros das Televisões são uma vergonha, são os ciganitos, uns sem vergonha, não roubam cavalos mas, vegetam à sombra do nome “Ronaldo” e passam a vida a denegrir a imagem do homem enquanto os Brasileiros idolatram Pelé, Argentinos Maradona e Messi, Holandeses o Johan Cruijff e por aí fora.

Mais adiante, a pessoa continua; “Precisamos de referências que lutam, que arriscam, que respondem a quem os trata mal, que choram quando vencem e não quando perdem”

Se o saudoso advogado João Araújo fosse vivo e eu lhe perguntasse:

- Ó Dr. Araújo, que acha desses comentadores desportivos?

- Esses comentadeiros cheiram mal, esses gajos que vão mas é tomar banho!

Enquanto esses gajos estão a tomar banho, vou experimentar esta máquina perfeita, Fender Stratocaster Pro lI, oferta da minha mulher.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

O português feliz e o DFA chateado



Com a meia pensão e com aquele extra de 125 paus, o povo ficou sereno e nem sentiu a inflação a rondar-lhe os bolsos.


No meio dessa generosidade governamental e de toda a melhoria significativa da condição de vida dos pensionistas, os DFA não contaram e,  borda fora com eles - não recebemos cheta, nem meia pensão, nem aqueles extraordinários 125 paus e nem nada que o valha.


No jornal Expresso, li que a Sra. Ministra da Defesa disse no Parlamento que a exclusão dos DFA foi uma opção política, porque a pensão dos DFA está indexada ao vencimento dos militares.


Alguém sabe explicar melhor essa história para nós os DFA não ficarmos chateamos com o governo?


Com esta descriminação entre português de 1ª e português de 2ª, apetece-me ser cigano!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Pensão chunga

 

O bom, a pensão chunga, o camareiro alcoviteiro e o porteiro intriguista

Neste verão uma grande amiga minha ofereceu-me o livro autobiográfico do tio Balsemão.

O livro é grande, tem seiscentas e tal páginas, escrito em letras miudinhas para poder caber nele todas as cenas. Como podem imaginar o livro fala da família dele, em particular do malandro do tio Chico de quem fiquei fã, das  miúdas que subiam às árvores no quintal à frente e ele aproveitava para mirar as cuecas delas, da vida escolar, dos pais, das empresas da família, das viagens, do jornal, das peripécias do PREC, das fitas da Helena Roseta, especialista em desfazer consensos e em enfiar a cara naqueles lindos cabelos a chorar sempre que era apertada, do eminente fuzilamento que o Presidente Eanes queria fazer a Helena Roseta, das intrigas do amigo e companheiro do jornal, Marcelo, “ olha quem“,  do Mário Soares a quem reconhece ter sido um estadista, da política portuguesa em geral e da maravilhosa cena num hotel com Samora Machel  Presidente de Moçambique!

Também fiquei a saber que o tio Balsemão prestou serviço militar na Força Aérea e  que sempre nutriu especial apreço pelos pára-quedistas portugueses o que me agradou bastante.

O livro do tio Balsemão, está superiormente bem escrito, relata factos históricos importantíssimos e fala das muitas peripécias da vida portuguesa, quando ele era uma pedra importante do xadrez político português!

Fiquei a admirá-lo pela sua soberba  capacidade de escrita simples, pela sua honestidade intelectual e também pelo seu humor.

O tio Balsemão é um senhor, é o  bom desta festa!


Agora vamos ao mau da festa!

O mau é o livro do tio Governador Carlos Costa.

Para variar desta vez foi oferta do meu camarada do CFS, MOR/PQ PINTO. 

Os meus amigos acham que eu não tenho quintal para tratar, nem guitarra para tocar, nem gata para cuidar, nem relva para cortar, nem mulher para amar e mandam-me livros a torto e a direito e eu aceito-os - só os consigo ler nas madrugadas de insónias.

O livro do jornaleiro Luís Rosa disfarçado em escritor, é uma coisa muito estranha. 

O coitado do Costa Governador falou da sua  pobre família a que pertencia, da Faculdade da Economia do Porto, da carreira de economista, dos amigos, dos compadrios entre os economistas do Porto. Falou das guerrinhas entre ele e o Centeno e outros, das disputas das cadeiras dentro do Banco de Portugal, rezou as peripécias dos bastidores  dos processos da resolução dos bancos, mostrou números reais em jogo, falou das cartas, das reuniões, dos almoços e almoçaradas no banco de Portugal e das intrigas de Isabel dos Santos e Costa o primeiro contra ele.

Falou bem do Mário Soares e das preocupações dele para com o país quando o Sócrates teimava em afundar o barco, falou mal do Sócrates, do Salgado, do seu antecessor Victor Constâncio, do Costa “primeiro’ do Centeno, do Partido Socialista em geral, falou mal dos banqueiros em particular e muito mal da quase totalidade dos governantes socialistas.

Falou bem do Cavaco, do CDS do Passos, da Maria Luís, da Cristine Lagarde,  dos amigos da Comissão Europeia, muitíssimo bem da troika e muito bem da quase totalidade dos políticos do PSD e até consegui falar bem dele próprio!

Quando acabei de ler o livro, o tal que os banqueiros portugueses recusaram a ler, fiquei com esta ideia:

O livro do ascoroso Luís Rosa trata ao fim ao cabo do seguinte.

Conta a história da vida de uma pensão chunga de 1/2 estrela gerida pela chungosa Bernardete Paulina (BP) onde o Luís Rosa trabalha como porteiro, toma nota de quem entra e de quem sai, o Costa governador é o camareiro alcoviteiro que só quer ver as nódoas dos fluidos sexuais nos lençóis, que pelo cheiro sabe a quem pertence. 

Como o Costa tem o mau beber, sempre que bebe uns copos perde o tino e desata a botar a boca no trombone e conta em voz alta tudo o que se passa na pensão e não se coíbe de dizer quem é, e quem não é corno - mas nunca fala que a mãe dele também frequenta a pensão!

O Alcoviteiro Rosa sempre que encontra o Costa na tasca oferece-lhe um copo e o resto já sabemos.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

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"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...