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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A caçada aos enfermeiros





E ainda sobre a morte dos camaradas Comandos.

Exactamente como previ: dois enfermeiros arguidos no processo. Tinha que ser, dois dos pequeninos senão a coisa não tinha graça nenhuma!
- Onde está o Comandante do Batalhão de Instrução dos Comandos? 
- Onde está o Director do Curso de Comandos?
- Onde está o Comandante da Unidade dos Comandos?
- Onde está o CEME, onde estão os porta-chapas... onde pára essa gente?
No meio deste foge-foge dos ratos, só conseguiram apanhar os desgraçados dos enfermeiros. 
Ai se eles os Enfermeiros, fossem como o Pedro Dias ou como o Comandante da Unidade, ou como o Comandante de Batalhão, ou como o Director de Curso ou como o CEME?!

Ninguém se demite, tudo agarrado ao poder!

Adérito Barbosa in olhosemlente

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

1000 poetas Entre o Sono e o Sonho


Teatro Tivoli 23 Outubro em Lisboa, a apresentação do livro Antologia da Poesia Contemporânea Portuguesa - Entre o Sono e o Sonho, promovida pela Chiado Editora.
Gonçalo Martins, os actores Custódia Gallego e Carlos M. Cunha declamaram alguns poemas. Um poema meu " Vida Suspensa" foi seleccionado e faz parte dessa Antologia. Parabéns aos autores participantes.











  1. Adérito Barbosa in olhosemlente

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Um filme incrível


Um filme incrível

A produção do filme, morte em directo, tem sido uma chatice - a claquete encravou-se.
As Televisões fazem festa, arrastam os figurantes da aldeia para o directo. Às tantas um figurante já quase artista, saiu-se com esta: "caralh... aquele é o Pedro Dias, ainda pensei dar a volta ali e ir atrás dele... carais... , deu-me uma gana pá ". Outro figurante este menos artista do que o primeiro, jura a pés juntos que o carro da polícia esteve a dez metros do carro branco mas que um outro carro atravessou-se à frente e o Opel Astra branco que já não é Renault cinzento que andara por terras de Espanha desapareceu. Nos estúdios, a miséria humana é maior do que a parvalheira dos enviados especiais ao monte, que passam a vida a gozar o pagode importunando os idosos com perguntas e mais perguntinha. Apanhar um fugitivo revela ser bem mais complicado do que apanhar os condutores na operação caça às multas coisa que a polícia é especialista. A mim apanharam-me com o beijo dos flashes das máquinas em Coimbra, Crel, Estádio Nacional, Baptista Russo e Cabos D'ávila.
Eles que plantem câmaras nas curvas das ladeiras atrás das giestas e a carta de condução do fugitivo já era.


Adérito Barbosa in olhosemlente

sábado, 15 de outubro de 2016

O mau hálito do pessoal da agência


Quando o Patilhas, o Ventoinha e o Ventura saem à rua é sinal de que a caça ao homem começou. Contam sempre com a colaboração incondicional dos agentes Anjos e Moita, do professor Rui e ainda da malcheirosa escrivã judicial Tânia. A eles ninguém os cala. Eles são temíveis em acção; os presumíveis criminosos, mesmo os criminosos e até os inocentes sentirão na pele, em breve, o peso das suas espadas. Não haverá fuga possível nem clemência! São geniais a radiografar a mente do criminoso; sabem por que monte anda o fugitivo, qual o estado de alma do homem, qual é a cor vermelha do cabo do canivete suíço que o criminoso leva no bolso de trás, a cor das cuecas que o homem veste, em que buraco se enfiou, quantas horas dorme, os perigos da hipotermia e quantas horas faltam para o apanharem. Passam o dia inteiro na sede nacional da agência da sarna e da língua grande que habita nas suas bocas fedorentas saem palavras a enaltecer as virtudes das nossas polícias, as virtudes do cardápio da nossa lei. Acreditem que sinto o mau hálito desses polícias de pacotilha a sair da tela de televisão, quando, com a escrivã mal cheirosa, devassam a vida alheia sem o mínimo respeito pelo direito à reserva dos familiares, muito deles idosos inocentes, eles também tão vítimas como os familiares das vítimas.

A escrivã malcheirosa Tânia invade os funerais, num claro desrespeito pelo direito à privacidade e escreve no romance que jura ter visto as lágrimas da ministra cair em cima do caixão da vítima, que desceu à terra na companhia do tal jornalista provinciano Oliveira, que em Vilar Formoso se celebrizou a fazer entrevistas em francês.
Os Inspetores Patilhas, Ventoinha e Ventura, os agentes Anjos e Moita e o professor Rui, antes das conferências de imprensa diárias, deviam escovar os dentes e fazê-lo todos os dias; a escrivã judicial Tânia deveria tomar um banho nas águas perfumadas do rio Trancão também antes das ditas conferências.
Pelo cheiro a mau hálito e a sebo do cabelo da escrivã judicial denunciam-se ao criminoso e assim ele vai fugindo e nunca mais o apanham.


Adérito Barbosa in olhosemlente



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A cultura portuguesa



A cultura portuguesa

14 outubro de 2016, seis horas da manhã, acordo ligo a TV e aparece o canal 12 - o tal canal casa de alterne gerida pela meretriz Teresa Guilherme.
Uma voz pergunta a uma das meninas da Teresa, loira ela também de 22 anos, se sabia onde ficava o Palácio da Bolsa.
A loira qual menina da Red Light District de Amsterdam respondeu: - o Palácio da Bolsa fica nos Estados Unidos.
Bom dia.

Adérito Barbosa in olhosemlente


terça-feira, 4 de outubro de 2016

A Oeiras

A Oeiras

No Passeio Marítimo de Oeiras
Com as ideias do Tejo na mão
Encantado pela magia do teu sol
Ouço as histórias que as tuas ondas contam
Ao povo que anda e corre ao ritmo do coração.
Os teus Fortes exalam o fogo dos canhões adormecidos
E o cheiro da mecha que incendiou a alma das rochas...
Oeiras, és a paixão que quero viver.

És o amor que nasce nos pores de sol e manhãs
No corpo das tuas gentes sem pecado
Na beleza das mulheres que em passos apressados
Castigam o corpo entre o perfume e a música.
Mais lentos os idosos imaginam o passado
E as memórias dos Poetas incrustadas no Parque
Juraram ao espelho d´água escrever
Quando se calar a sua voz.

Oeiras, és a luz no Bugio ao anoitecer
És o cheiro a champô dos Palácios e Jardins
És o corpo das mulheres que se deixam amar
És areia de Santo Amaro alheia aos olhares
Dos navios que teimam em espreitar-te
Fingindo que estão de passagem.
És a Marginal que vigia os amores proibidos
Nos dias de prova na Adega do Marquês.

Adérito Barbosa in olhosemlente

sábado, 1 de outubro de 2016

Homero

Homero sonhou Ilíada, Odisseia,
Espartanos, Troianos e Aqueus.
Sombreou a beleza da tragédia
com a hospitalidade de Tróia de Odisseu.
Rei lutador, vencedor na magia
das lutas desiguais imensas viveu
no trilho de Ítaca contou os dias
adormeceu nas batalhas que venceu.
Pretendentes profanam a lei de Zeus
Penélope aos avanços não cedeu
terão justiça no vinho que o Ciclopes
bebeu.
Anos passaram a viagem demorou
fúria cuspida por Posidon, deus ateu
Amarrou-se aos risos de Zeus
Nas mudas gargalhadas de Hades
no sub mundo dos mortos.
Indicou o caminho de regresso
ao conhecimento da mitologia grega
Na visão de um cego que era Homero.
Ulysses na voz é ninguém, ninguem.

Adérito Barbosa in olhosemlente

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...