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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Um agente lobista chamado Ministro

O Sr. Ministro falou de coisas que não sabe, quando falou da desvalorização dos carros a diesel dentro de cinco anos.
O Sr. Ministro não falou do fim  dos  navios gigantes com motores descomunais, que queimam toneladas de diesel, nem do fim dos cerca de doze mil aviões que estão no ar a cada minuto, nem do fim das locomotivas  aos milhares que embalam nas linhas férreas do mundo inteiro. Também não falou do fim do carvão queimado nas centrais eléctricas para produzir energia, nem do fim das quantidades abissais de gasóleo necessário para manter vivos os geradores eléctricos de muitas cidades dos países menos desenvolvidos.
É evidente que os veículos elétricos trazem um novo conceito, apenas isso, mais nada. Faz sentido sim, encontrar e explorar novas alternativas energéticas ao petróleo  e castrar de vez países produtores de petróleo - um velho sonho do Ocidente. Afinal o Ocidente produz 40% da riqueza mundial e não pode depender eternamente dos caprichos da OPEP.
Pensar que deixar de usar veículos de combustão interna e passar a usar veículos eléctricos é a solução  para que o planeta esteja a salvo, parece-me um lobby pateticamente exagerado.
Se nos deixarmos adormecer ao som do batuque do lobby ministerial pro-eléctrico, vamos ter insónias.
O planeta Terra já se apagou por cinco vezes e por cinco vezes voltou a regenerar-se.
O Homem é demasiado pequenino para interferir com o ciclo natural do planeta.
Um estudo americano sobre o gasto de energia durante uma viagem de cerca de 1 600 quilómetros, num carro eléctrico, revelou não ser tão fácil a solução.
Comparou-se um carro a combustível fóssil, um Chevrolet Impala, com um Tesla Modelo S; tomaram em consideração uma série de parâmetros relativos aos diferentes métodos de obtenção de electricidade, desde o carvão e o gás natural à energia solar e eólica - concluíram que um carro eléctrico é realmente amigo do ambiente, mas, para obter a energia necessária para os carregar, é necessário poluir.
E as baterias depois, como é?
Sr. ministro a terra vai acabar um dia sim. Será só quando o sol se apagar. Até lá deixe-de tretas.

Adérito Barbosa in olhosemlente

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Grande bosta


Diz-se por aí que este senhor é assessor do BE. 
Este senhor chamou “bosta da bófia” aos agentes da PSP.
Este senhor é um racista!
Este senhor deixou de reunir condições para viver no nosso País!
É a falência total do civismo das minorias a cantar a velha narrativa de vítimizacão.
Muitos gozam de todas as regalias - fazem ocupação selvagem de espaços, terrenos, casas alheias, roubam electricidade, andam de borla nos transportes públicos, vandalizam espaços e equipamentos públicos. fazem das salas de cinema pocilgas, passeiam pelas escolas com direito a livros e comem à custa dos nossos impostos, quero dizer - impostos dos bostas - afrontam as autoridades e depois armam-se em vítimas. 
Quando lhes é exigido o cumprimento da lei, ai Jesus que os brancos são racistas. 
Outra vergonha foi o filme relatado por uma outra senhora, também ela racista com direito a largo tempo de antena na CMTV. Essa gente não sendo portugueses o lugar deles não é cá!
O SEF tem aqui uma oportunidade para fazer uma limpeza, senão, qualquer dia este senhor chega a deputado da nação dos “bostas” pelo Bloco.

Bosta, bosta é ele!

Adérito Barbosa in olhosemlente

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Leonel Alma da Pedra


Ao meu amigo Escultor Leonel Dos Santos Artista.


                                                              Leonel Alma da Pedra

Conheces a alma da pedra
e todas as suas manhas,
conheces o sabor do pó
e o cheiro da nudez
quando as fazes ganhar vida.
Aperfeiçoa-las nos gestos
e afeiçoas-te a elas
despindo-as num fôlego só.
Por vezes, carinhoso
afagas os diamantes dos discos.
Noutras, cortas, retalhas...
Pareces querer decepar,
arrancar a alma dura Alentejana
ou amaciar o granito do ventre do Norte.
Escultor é assim...
Só gestos, nenhuma palavra...
Um sentimento solitário,
Solidário com o gume do cinzel.
É no bater suave do martelo...
É na taquicárdia desvendada,
E nos corações dos corpos inertes Esculpidos por ti
que se sente o cheiro a pecado
na cama tão fria
Mas que a gente sente quente.

Adérito Barbosa, in olhosemlente
Lisboa, 7 de Janeiro de 2019
Escultura autor: Leonel Santos


Adérito Barbosa in olhosemlente

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

É preciso olhar o futuro com confiança!

Faz tempo que a crise económica se instalou na cidade. Toda a gente tem dívidas - por isso , toda a  gente vive à base de créditos. ninguém paga nada a ninguém.
Entretanto chegou à cidade um milionário e quis instalar-se no hotel “O ninho da Maria”.
Além de pequeno, o Ninho é o único  hotel do burgo. 
O ricaço forasteiro entra no hotel  e quer hospedar-se por uns dias. 
Põe duas nota de  50 € em cima do balcão da recepção e vai verificar se os aposentos são do seu agrado. 
Enquanto o forasteiro indaga as condições das instalações o dono do hotel pega na nota e sai a correr para o talho  e paga a dívida da carne.
O homem do talho pega na nota, sai a correr e vai pagar a sua dívida ao suíno-cultor.
O suíno-cultor com a nota, vai ao homem das forragens e paga a sua dívida, este pega na nota, sai a correr e vai liquidar a dívida que tinha para com a Maria - a prostituta que há muito lhe dá beijinhos a crédito no quarto do hotel “o ninho”
A Maria  com a nota vai ao hotel e líquida a conta do quarto para onde ela costuma atender o Manuel; o tal homem das forragens e entrega a nota ao gerente do hotel.
Neste preciso momento desce o milionário à recepção e diz: 
-Não gosto dos aposentos! Pega na sua nota e vai-se embora.


Ninguém ganhou um centavo, mas agora toda a cidade vive sem dívidas e voltaram a olham  para o Ano 2019 com confiança.

Adérito Barbosa in olhosemlente

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...