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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cuando escribo...

"in fórum paraquedistas"

Por: Sargento Ajudante PQ Paiva "in fórum paraquedistas"





BOTP 1 - Base Operacional de Tropas Pára-quedistas Nº1 (Monsanto)  – Uma resumida história da Unidade onde prestei serviço após ter terminado a Curso de Pára-quedismo, existem poucos documentos sobre esta unidade.
Ela é activada em 1975 e 16 anos depois é desactivada.

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Após a revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, é concedida a independência às antigas Províncias Ultramarinas, em 10 de Novembro de 1975. - Na Fortaleza de S. Miguel, em Luanda, os pára-quedistas do BCP 21 prestam honras ao último arrear da Bandeira Nacional em Angola, chegando a Portugal em 23 de Novembro de 1975.

O Dec.Lei nº 350/75 de 05 de Outubro de 1975 extingue o Regimento de Caçadores Pára-quedistas e cria na dependência directa do CEMFA o Corpo de Tropas Pára-quedistas.
Os militares regressados pertencentes ao BCP21 concentram-se no Aeródromo Militar nº1 (AM1) em Cortegaça, onde continua activada provisoriamente a Base Operacional de Tropas Pára-quedistas nº2 (BOTP-2).

A 04 Dezembro de 1975 na BOTP-2, são constituídas duas CCPs, a 211e a 212 que se deslocam para Lisboa (Monsanto), onde vão constituir o núcleo principal da BOTP1, que é activada em 17 de Dezembro de 1975 por despacho 54/75 do CEMFA.

BOTP-1 adopta por divisa aquela que foi a do BCP21: “GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS”. A componente operacional desta Unidade, o BATALHÃO DE PÁRA-QUEDISTAS Nº11 (BP11), foi o primeiro a ser activado (19-12-1975), onde são constituídas duas CCPs, a 111e a 112.

As companhias do BP11 foram desde logo empregues em missões especiais de segurança.
Após nova reestruturação e com a criação da Brigada Ligeira de Pára-quedistas o BP11 foi transferido para São Jacinto (Aveiro) em 1987.

Em 1991 - A BOTP-1 (Monsanto) é desactivada e todos os seus meios materiais e humanos são transferidos para a BOTP2 (S. Jacinto).

Lei da bala


Só à lei da bala!
Por favor, sirvam-me um copo de gin, porque este regime vai ter um fim. Todos os regimes tiveram um fim e eu não quero morrer sem ver o fim deste. Sei onde e como surgiu. E foi boa a intenção dos gregos quando inventaram a democracia!...Os oportunistas organizaram com desonestidade, e muita filha da putice à mistura, num universo restrito, num universo só deles.
Paulatinamente, foram alterando o conceito e as regras, de acordo com os seus interesses, deixando aos seus herdeiros toda a estratégia. Estes desde pequeninos cresceram como ratos numa tábua de queijo.
Mentem descaradamente, mentem nas televisões, nas rádios e nos jornais. Assim que chegam ao poder, fazem tudo ao contrário. Ninguém lhes pede contas, ninguém os chama à responsabilidade, ninguém! Ninguém lhes põe processos pela miséria em que lançaram este país. Eu quero livrar-me dessa gentalha! Eu quero sair de vez! Eu não quero esquecer o que por aqui fizeram! São dois os gajos abomináveis, horríveis, tenebrosos e mentirosos, uns garotos que até fizeram birrinhas, tendo-se uma delas tornado na birra mais cara do mundo. E quem pagou o preço?
Tantas Vidas lixadas, e tiradas do sossego. Aos vivaços que nos governam é urgente que recebam o prémio à paulada. Falo a pensar nos pobres, nas famílias, nos idosos e nos reformados, e nos pequenos empresários, que viveram uma vida inteira cumprindo uma determinada regra, ansiando por um futuro tranquilo, segundo a tal regra e, agora, nem acreditam no que lhes aconteceu. Imagino não haver nenhum problema para a mente desses iluminados.
No caixão vai um corpo já frio, outrora quente, que os governantes tramaram e tornaram a vida dele numa coisa sinistra, vão enterrá-lo agora com honra. Ele vai dentro de um único bem que lhe garantiram, Um caixão! E aí vai ele, refém da guerrilha entre as agências funerárias; aí vai ele que, entre becos e ruelas, levou em cima com os impostos, tentou sobreviver mas não aguentou. Não faz mal, ele é um Zé-ninguém!...
 
Saibam garotos do governo e dos partidos dos jotas que nem eu, nem o povo vos perdoaremos. Um dia voltaremos a ser felizes. É necessário que alguém vos faça chorar um dia, também! Só não quero lamentar depois. Quero-vos de volta para onde nunca deviam ter saído!
Vocês tornaram a nossa vida numa coisa sinistra.
 
Brincaram connosco. Fizeram de nós uns toscos.
 
São vários os patifes que apertam a minha mão e me chamam cidadão, mas, mal viro as costas, tudo fazem para que a necessidade bata à minha porta. Sempre corri para o trabalho. Horas e horas, horas inimagináveis, para agora ver a minha empresa em declínio total. Não sou Deus, para ser correto! Não baixarei a cabeça, para consentir este desfecho! Vi partir um colaborador meu, que há cerca de oito anos vinha trabalhando comigo. Ele foi leal, sincero, trabalhador e esteve sempre presente nos momentos difíceis. Aprendi a tratá-lo como um filho. Agora dói-me a alma por vê-lo nesta situação e não me conformo com este doloroso desfecho. É tudo por causa da garotada dos que nos governam. A mim, resta-me chorar para dentro e desejar sorte ao Bruno. A única satisfação que tenho, neste momento, é saber que ele sabe que nunca o enganei.
 
Lamento que a incompetência, a mentira, tenham falado mais alto do que a sensatez em Portugal.
Quem tem moral para dizer que não somos uma piada de país?
A pandilha mostra o que há de pior. Se tivessem sido abandonados assim que nasceram, teria sido uma bênção para todos os portugueses.
Vocês faltaram-nos ao respeito, havemos de vos fazer subir ao morro e lá vergastar-vos as costas sem piedade, de igual modo como nos trataram.
Da janela da minha cabeça vejo o país a gatinhar, vejo o país desgraçadamente governado por vós. Estou perplexo! A salvação está garantida aos bancos e aos ricos. Nós deixámos de ver confirmado o nosso lugar na bóia da salvação há muito. Para quem guardou pela sua vez, não há maneira. A mentira não pára, é a vossa arte verdadeira!
 
O simples conformismo não valoriza ninguém, mas neste sequestro sou refém. Não quero ser um de vós em momento algum! O pânico, o medo já não são segredo!… A violência que exercem sobre nós, já faz parte do vosso dia-a-dia.
Somos pacientes, somos duros, mas somos realistas. Por mim estou pronto a participar em qualquer coisa que vos faça desaparecer da nossa vista. Por favor, demitam-se!... Eu não votei em vocês!... O que fizeram para estar no governo, foi batota!
Alguém disse: "ou eleições no País ou eleições no partido". Escolheram eleições no País e assim  nos foderam a vida.

Adérito Barbosa

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Diz-me…Mesmo sem dizer...


Diz-me em quem pensas ao deitar?...Quem dorme no teu sonho...
Diz-me quem dorme a teu lado?...A realidade ou a imaginação...
Diz-me se dormes descansado?...Ou estás sempre alerta...
Diz-me quem mora nos teus sonhos?...O deserto ou o mar...
Diz-me em quem pensas ao acordar?...Se do sono vieste...

Diz-me…Mesmo sem dizer...
Diz-me quem vês lá fora?...A espera contínua...
Diz-me o perfume que usas?...O odor que se entranha...
Diz-me quem vês ao espelho?... O domínio de ti...
Diz-me se te reconheces?...Ou és apenas um reflexo...
Diz-me quais são os teus medos?...A verdade escondida...

Diz-me…Mesmo sem dizer... 
Diz-me quantos minutos tem o teu dia?...tantos que não chegam...
Diz-me quem te faz sorrir?...Para além do sorriso...
Diz-me quem nunca esqueces?...Ou quem não queres lembrar... 
Diz-me quem te conhece?...Quem ousa entrar no labirinto...
Diz-me quem faz tremer o teu coração?...Quem te tira de ti...

Diz-me…Mesmo sem dizer...
Diz-me a vida que levas?...Eximia ou errante...
Diz-me em que direcção gira o teu mundo?...De uma forma cíclica...
Diz-me quem completa o teu dia?...Quando vais embora de ti...
Diz-me por quem choras?...Quando te perdes de ti...
Diz-me quem te limpa as lágrimas...A solidão...

Diz-me…Mesmo sem dizer...
Diz-me porque te devo ouvir?...Porque escutas o  silêncio...
Diz-me que vives enganado?.....Puro engano....
Diz-me que sabes que erraste?...Ou não te permites a isso...
Diz-me se sabes amar?...Ou é apenas ilusão...
Diz-me se acreditas no amor?...Ou é apenas uma utopia...

Diz-me....Mesmo sem dizer..

Por: Ema/Adérito Barbosa

domingo, 17 de novembro de 2013

Memórias

 Regressar ao mundo das memórias...

Há sempre um regresso ao mundo das memórias.
Todos nós regressamos de quando em vez às nossas memórias.
Não regressar seria péssimo, seria estar desprovido de todo e qualquer sentimento.

A memória  é a nossa horta de sentimentos, onde colhemos os frutos para os vivermos com nostalgia e, sentir a vontade de poder voltar aí, sempre como quem vai àquele baú antigo, rebuscando o tal pano, e sentir aquele cheiro que em criança gostáramos de sentir ao dormecer, mesmo que por vezes cheirando a leite azedo. Quem se lembra?
Quem não se lembra desse pano? Quem nunca teve esse pano ou essa almofada? Quem!?

Se fosse possível todos nós regressaríamos a essa vivência passada.
Se essa vivência fosse uma daquelas que outrora fora proibida, é sempre melhor, voltar agora liberto dos medos e recrear tudo de novo com emoção certa.

Quem nunca regressou à sua memória que levante o dedo! Quem nunca teve o amor da sua vida ou um objecto de estimação em criança que diga: EU!!
Quem nunca amou? Quem?

Adérito Barbosa

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

pisa



É coisa nossa,
É filha da senhora
É quizomba
É a nossa moda
É coladeira.

Pisa comigo,
É dança da moda.
Larga a bunda da moça rapaz!
Que no domingo
Troco de dama
Pisa, pisa, ..
rebola aí, é kizomba!
É funaná!
É marrabenta!
É coisa nossa.
Pisa, pisa... 

Adérito Barbosa

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Postal de aniversário.


Olá Fátima,

Imperdoável este meu atraso!
Muitos parabéns pelo teu vigésimo e tal aniversário. Ainda és uma jovem e tens o mundo à tua frente, para o moldares.
Espero que tenha sido memorável o teu dia,
que tenhas dormido até tarde, que tenhas sido acordada pela florista,
que o bilhete tenha sido arrasador: - " um lindo dia para a mulher mais linda do mundo, para ela a flor mais cheirosa da freguesia" e remata no fim: "conto jantar contigo esta noite. Leva aquele vestido vermelho que te trouxe de Paris"
O teu querido Ambrósio".


Fátima acorda...!
Se não houve nada disso, esquece-o e organiza mas é, um jantarzinho, convidas a malta e cantamos-te os parabéns... mesmo que atrasados.
Se... conta-nos como foi!
Até lá muitos parabéns!
Beijinhos

Adérito Barbosa

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Aldeias de Portugal

Do Livro Aldeias de Portugal

"O livro Aldeias de Portugal - Histórias & Tradições é composto por um conjunto notável de fotografias, que vão desde aldeias maravilhosas espalhadas por todo o território, a rostos marcantes ou paisagens deslumbrantes..."

Autor: Paulo costa


Adérito Barbosa in "olhosemlente"

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Carta de amor



Desafio lançado: “Escreve-me uma carta de amor!...”

A carta de amor
Eternizar momentos e sensações que nos marcaram, por um instante que seja, é loucura?
- Não, não é! - É algo que vai perdurar na nossa memória por toda a vida. A isso, podes chamar amor. É o amor, sim, o tal amor que não cansa, não gasta e não envelhece.
O amor sabe impor-se na ausência e na distância.

Viver a saudade é sentir a nostalgia, é amar, é amar sempre da mesma forma, sempre com aquele desejo, imensurável. Quando se regressa a esses momentos e a esses instantes, voltamos sempre ao mesmo ponto de onde partimos, com um único objetivo - voltar a amar!...
Volta-se para reviver novamente o que nos fez e nos faz felizes. Voltamos inconscientemente e damos por nós a regressar no tempo ao mesmo lugar onde ficámos à porta e lembrar de olhos fechados como eram os contornos do teu rosto, o brilho dos teus olhos, o cheiro da tua pele, o calor dos teus braços, o deslizar das tuas mãos, o relevo dos teus seios. Só o ouvir a tua voz doce me fazia levitar enquanto sentia o coração, que teimava em transbordar e bater fora do meu peito.
Disso. Agora não quero falar!
E a alegria que eu sentia quando tu me sorrias?
Isso, era tudo para mim, sabias?  Bastava-me ver aquele sorriso, que só tu tinhas, para que fosse verão logo ali. Ah, como me fascinava ver-te sorrir!... E tu sorrias sempre!

Foi assim na estação do comboio quando nos vimos pela primeira vez; foi assim no salão de chá quando me olhavas com o olhar cúmplice e voz trémula; foi assim quando te dizia que tinhas  as mãos  frias; e foi assim, também, quando me disseste: "Adérito, eu não quero ser amada, quero amar!" E o brilho dos teus olhos quando te respondi: "Compreendo perfeitamente o que queres dizer".
Tudo isto para te dizer que o amor não é ingrato e faz-nos sempre voltar a querer amar outra vez.
Apesar das palavras baralhadas, provocadas pelas incertezas que sinto, e apesar de confusas, elas estão ansiosas de ser ouvidas, porque vão-te dizer que eu quero amar também.

Apraz-me ainda dizer-te mais uma coisa:
- Diariamente vivo com a tua memória, sem saber ao certo como vai ser. A ansiedade de te ter um dia sufoca-me, mas nada me impede de te imaginar. Ninguém me roubará essa imaginação, ninguém ma esconde ou ma tira. É a minha história, a nossa história. É essa memória, que num instante fugaz me faz sorrir e pensar que, à média luz, te vou amar loucamente, com a intensidade que me pedires, trancado em algum quarto de hotel e depois sereno te digo: “Vamos amar-nos novamente!” Sim, porque é afinal disso que se trata... AMAR!

Querermos voltar onde nunca estivemos e viver a paixão que nunca sentimos, só pode ser loucura! É um segredo que será nosso!

Foi isto que me ocorreu ao aceder ao teu pedido: - “Escreve-me uma carta de amor!...”

Adérito Barbosa

Aos poetas


Hoje estou insensível
Não quero escrever
nada!

Nem ao vento quero escutar.
vou ler poesia
e ao contrário do que
se disse atrás,
quero ler e ficar
preso.

Ser arrastado para o infinito enquanto leio.
                                              Ler despromove-me de todos os preconceitos e…
                                              aprendo a magia da escrita com os outros escritores.
                                              
                                              Não há bons nem maus…
                                              Há escritores! Há poetas!
                                              Eu,
                                              sonho com tudo que leio.
                                              Escrevo tudo que o imagino!
                                              E vós poetas, glorificai na poesia tudo quanto sonham.
                                              
                                              (escrevam que eu leio, escrevam que eu leio-vos.)


 Aderito Barbosa

sábado, 9 de novembro de 2013

Um dia Percebes

Uma Amiga minha Escreveu este texto " Um dia Percebes..."
 


 "Um dia percebes...
Que o amor é algo que se encontra muito além de um belo sorriso...
Percebes que as coisas simples da vida são também as mais importantes.
Percebes que o impossível, na verdade, é só uma questão de opinião e que o teu fracasso, ou o teu sucesso, dependem exclusivamente das tuas escolhas.
Um dia percebes...
Que muitos erros cometidos têm a intenção de acertar e que nas pessoas, assim como num bom perfume, o que vale não é o frasco, mas a essência.
Um dia percebes...
Que sempre se é feliz quando se tem bons amigos e que, quem realmente te merece, não te faz sofrer.
Um dia percebes..."

Eu respondo:

Eu sei que o amor não pode estar num belo sorriso apenas.
Eu sei que que o amor é uma complicação por isso é complicado encontrá-lo num espaço simples.
Eu sei que a minha escolha depende do meu poderio. Só os poderosos escolhem. Os fracos sujeitam-se e os pobres não são vistos nem achados.
Eu sei que no preço do perfume também está incluído o valor do frasco.
Experimentem comprar um perfume onde o seu frasco é uma garrafa de uma Sagres mini? Ninguém compra! Certo?
Ser feliz é ter saúde, filhos bonitos, muito dinheiro, super namorada daquelas que todos os homens gostavam de ter, super casa, super carro e ser muito inteligente e ainda ser muito competente e dotado.
A pessoa mais valiosa na minha vida, não faço a mínima onde ela para.
A felicidade está em ouvir uma tipa dizer que nos ama, mas sabermos de ante-mão que é mentira!
O amor é um negócio...
Se sou pobre e digo que amo ela faz troça e cochicha com as amigas e não passo de um estúpido...
Se digo que quero sexo ela diz: eu?
Deus me livre! Eu não sou dessas! Desampara-me a loja seu anormal!
Se tenho dentes podres, meto nojo e jamais terei direito a um beijo.
Se não souber escrever, dizem que sou burro.
...Ser feliz é ser-se muito rico e nunca ter passado pela cabeça ser pobre um dia.
Alguém discorda?


 Aderito Barbosa



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Marcar passo


O Ex-Chefe de Estado-Maior da Armada Melo Gomes,em entrevista à Rádio Renascença disse:

“Julgo que o actual poder político não conhece as Forças Armadas. Não conheço nenhum responsável político, ao nível do Executivo, que tenha cumprido o serviço militar"

Ao Almirante digo:
Compreendo porque é que os políticos fazem de nós militares gato sapato. É natural na justa medida que nenhum deles cumpriu o serviço militar obrigatório. Eles próprios acabaram com essa obrigatoriedade em proveito próprio. Eles perderam respeito pelos militares, porque nunca foram postos em sentido. 
Indaguei e cheguei à conclusão que o político português é um animal capaz de falar, logo de mentir também.
 
Explico: se um cão me rosna, não acredito que ele a seguir venha brincar comigo. Da mesma forma, se um gato se roça nas minhas pernas não acho que logo a seguir vá arranhar-me e bufar.
Foram estes políticos que jotinhas ainda, se entretinham a rosnar na Assembleia da República com o passatempo, tipo sudoku da época. “Acabar com SMO”. 

Assim, teimosamente deceparam as forças armadas aos bocadinhos até à agonia final.
Está na cara que o serviço militar obrigatório, apresentava vantagens a vários níveis. Não há dúvidas que o recrutamento obrigatório era mais vantajoso em relação ao modelo de voluntariado profissional que agora vigora. Este modelo é mais oneroso com menos contingente.
Os jovens de hoje, assim como os políticos de ontem e de hoje, que por acaso são sempre os mesmos, nunca passaram por uma escola de valores, de patriotismo, de hábitos de disciplina, de verdades, de camaradagem e nunca saberão  identificar-se com identidade nacional, muito menos o significado que a bandeira nacional representa.

Eles esquecem que só há paz no mundo porque existem militares.

Mas a culpa não é deles! A culpa é nossa, fomos uns gatinhos! Nós não passamos de uns gatinhos bem comportados, que passamos o tempo todo a roçar nas pernas dos políticos. A culpa é nossa, é nossa porque nunca nos fizemos respeitar. Os nossos chefes nunca falaram grosso com os políticos. Muitos quiseram ser militares e políticos ao mesmo tempo. 
 Resultado: não têm tropa para comandar agora. Veja-se o caso do Corpo de Tropas Pára-quedistas que foi completamente dizimada, com a ganância do exército em ter uma força daquele calibre não para valorizar, mas para fazer nº e assim conseguir mais generais.
 
Se peço um orçamento para reparar o carro e o mecânico, com um sorriso cúmplice, resolve tentar ganhar comigo, todo o dinheiro que não faria em dois meses ou três com outros carros, limito-me a sorrir e a olhar para o lado à procura de outro que não me ache ignorante ou parvo.

Assim vamos aos poucos aprendendo com os políticos. Sempre a mesma mentira, a mesma mentira mas de tempos em tempos, lá vamos nós para as urnas colocar-lhes medalha de mérito ao peito através do voto. Como a maioria não se dá a esse trabalho, eles andam na maior.
Todos nós elogiámos o Tibúrcio que é vendedor que tem conversa capaz de comover qualquer comprador.
Acredito que qualquer dia em Portugal, os políticos deixarão de conseguir vender sacos de gelo a esquimós.

Actualmente não há heróis nas Forças Armadas portuguesas porque nenhum é irreverente.
Eu não conheço nenhum herói que não tenha sido rebelde, audaz ou irreverente.

Adérito Barbosa 
6 de Novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Velhos fantasmas


Um dia
fugirás de "cárceres".
Os "velhos fantasmas"
serão postos num barco
e levados pelo mar abaixo.
És forte!
Vais libertar-te das cordas
que te amarram os pulsos.
Vamos tocar o teu vento
para um lugar longe.
Vai chegar a "primavera".
A tua primavera.

E,
Vais navegar na crista de uma onda
recitando poesia.
Ninguém te vai "encontrar, " asseguro- te!
Vais abraçar as bonecas .
Vais perder-te, sorrir e gritar
bem alto liberdade...
Vais viver no teu cenário,
vais perder o medo,
vais sonhar, voar e cantar
e darás à luz muitas poesias
que não terão pai,
somente mãe...
tu!!

Adérito Barbosa
5 de outubro de 2013

sábado, 2 de novembro de 2013

A ministra e a pulga


Sra. Ministra,
Quantas pulgas e quantos piolhos posso eu  ter em casa?
Eu gosto de cães, gatos, lagartos, cobras, jacarés, hipopótamos, leopardos, galinhas, galos, piriquitos e leões? Gosto de todos os animais.
Não sou capaz de viver com nenhum animal em casa.
Fiquei muito traumatizado, como dois piriquitos, um peixe e um cágado que os meus filhos quando eram pequenos quiseram lá para casa. Aquilo era o fim do mundo para mim.
Certo dia no início das férias de verão e como a estadia nas terras da beira alta prometia, os piriquitos também seguiram viagem.
Chegados a Pinhel, escolhido o local onde o " Casimiro e Leonel" pudessem ficar... a varanda foi eleita. Ali sempre estavam à sombra com vista sobre o jardim e ainda tinham oportunidade de contar todos os carros, todas as pessoas que passavam na rua. Melhor recanto era impossível.
"São os piriquitos dos nossos netos!" - diziam embevecidos os Avós aos vizinhos.
Acontece que ninguém contou com o matreiro gato da minha sogra, que vivia lá em baixo na loja com a estrita obrigação de controlar os movimentos dos ratos e não permitir que nada de mal acontecesse ao milho e à batata.
No outro dia bem cedo lá estava no chão a gaiola, toda espatifada e sem fundo. Do Leonel e Casimiro... só as penas.
Aberto o inquérito, em processo sumário, chegou-se ao suspeito. A minha sogra topou logo que o gato estava com o ar comprometido e que nessa manhã não apareceu a rosnar nas pernas dela. Foi ele quem comeu os piriquitos! Esqueci-me de dizer que o gato até então tinha um estatuto especial porque deixava-se apanhar pelos miúdos e suportava todas as judiarias. Daí em diante ficou conhecido pelo nome "gordo", "comedor de piriquitos", "gato incapaz que nem sequer consegue controlar os ratos do celeiro".
Sempre que os miúdos se lembravam dos piriquitos, o gato apanhava com o chinelo que voava das mãos da minha sogra. Posso garantir que a uma distância de 5 metros ela nunca falhava.
Mais tarde o peixe morreu por me ter esquecido de lhe dar comida, a tartaruga foi despachada às escondidas para o ribeiro de Massamá.
Assim fiquei livre dos animais em casa. Um alívio!
Aceito que haja pessoas que gostem de viver com animais em casa. Umas porque não tem quem lhes faça companhia, outras porque tem filhos pequenos e eles pedem, outros porque encontram animais abandonados, outros porque simplesmente gostam.

Mas, Sra. Ministra da agricultura: em vez de se meter na vida de gatos e cães, preocupe-se com a ordenamento da floresta Nacional... que está uma lástima.
E já agora com a própria agricultura...

Tenho um problema: Quantas pulgas e quantos piolhos posso eu ter em casa?


Aderito Barbosa
2 de novembro de 2013


Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...