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quinta-feira, 14 de maio de 2020

FARISEU neto Zebedeu


Naquele tempo, Afonso Costa, Advogado e Ministro, fez parte de vários Governos (dirigiu três até 1923), sendo considerado um dos grandes responsáveis pela instabilidade durante a I República. Ao sentir o cerco dos fariseus e os pedidos de clemência do povo, mergulhado na ignorância e sufocado na miséria, ele, um “expert” em questões religiosas, que se doutorou em Coimbra com a dissertação "A Igreja e a questão social”, obra em que ataca violentamente a então recente encíclica “Rerum novarum”, pois fé era coisa que ele não tinha, também não tinha nada para dar ao povo, a não ser explicar as mortes de soldados Portugueses na Flandres, visto que foram mandados para lá à trouxe-mouxe e por ele super mal equipados e preparados, tipo carne para canhão.
Afonso Costa arranjou três trabalhadores infantis lá da Cova da Iria – e fez deles os únicos capazes de ver coisas que ninguém via e de falar com Santinhas, até visionaram o fim da guerra; Afonso Costa resolveu o problema dele, desviando as atenções da sua má governação para um canto. Muito mais tarde, lá mais para a frente, Salazar fez o resto e assim fundaram a maior empresa Portuguesa de sempre, que vende milhões de fé e nada de facturas, nada de taxas nem de impostos!
Com a poderosa máquina de “marketing” da Igreja em funcionamento, os fiéis poderão escolher entre uma grande variedade de “souvenirs”: porta-chaves de 5 a 25 €, medalha de ouro oficial da visita a 1300€, camisolas com a imagem do Papa a 20€ e todo o tipo de velas e velinhas para pagar promessas, que se estima serem às toneladas, a preços muito diversos e até o programa comemorativo da visita custa dinheiro! O Vaticano cobra um cachê nunca inferior a 12 milhões - pelo menos foi assim no Reino Unido.
Digam lá se o Afonso Costa foi ou não um visionário!
Estou mesmo a ver. Já me estão a chamar Farizeu!
Desta vez, graças ao covid não houve negócio em Fátima. Uma tragédia para a igreja...

Adérito Barbosa in olhosemlente

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