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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

APRENDER SEMPRE



Conheci uma pessoa que é estrangeira e a propósito da colonização portuguesa, explicava-lhe  o que foi  a guerra de África, o fenómeno do envelhecimento da população portuguesa, as razões da emigração em massa dos nossos jovens licenciados, da tolerância da sociedade portuguesa em relação aos imigrantes que cá estão, da importância capital para Portugal, a médio prazo, da chegada de imigrantes, sobretudo de imigrantes com capacidade de gerar filhos.
Tudo a propósito da notícia  do polémico caso da Joacine Katar Moreira, que, no Parlamento, num voto de condenação a Israel pela actuação na Palestina optou pela abstenção, voto contrário à orientação do seu próprio partido que, obviamente, representa.

Diagnostiquei que Joacine sofria de “deficiência cognitiva programada” ou então era uma “retardada  mental” e, se nenhum desses adjectivos encaixasse nela, então estaríamos perante “coisas de preto.”
Deficiência cognitiva programada -  não por ter uma deficiência na fala, mas sim por se notar na senhora um certo deslumbramento, uma enorme vaidade em fazer merda no parlamento, sem ter ainda aquecido a cadeira de deputada.
Sendo este órgão de soberania um lugar de excelência para oradores e eloquentes, para deputados eleitos pelo povo, parece-me pouco sensato aí haver lugar para ela.
“Veja só! Até mandou chamar seguranças para a proteger dos jornalistas dentro da própria Assembleia da República! Até comemorou a sua eleição, exibindo a bandeira da Guiné, donde é natural.” – disse eu.
A minha interlocutora, que é brasileira, disse uma coisa que nunca tinha ouvido: - “O preto é assim mesmo; se não caga quando entra, caga quando sai!”
Joacine cagou logo à entrada  e deve passar o tempo a soltar gases mal cheirosos, formando nuvem que entrará dentro das narinas dos tipos do Livre e de todos aqueles que votaram nela.
Não tenho nada contra, nem  ódio contra a deputada. Vejo nela aquilo que um dos meus irmãos referiu, numa megaconversa sobre o racismo.
“O que ela diz e faz  é o reflexo do complexo de grande parte das minorias em relação à sociedade portuguesa.”
Mas foi a sociedade portuguesa que a acolheu e lhe proporcionou uma integração completa como mulher, que a fez sentir em pé de igualdade com os demais cidadãos, que a respeitou pela diferença, que lhe permitiu que estudasse, se calhar com apoio do Serviço de Ação Social Escolar e que, depois de lhe proporcionar a frequência  dum curso superior, como prenda, elegeu-a deputada da Nação.
A Joacine é uma caricatura e um exemplo de falta de gratidão, quando fala em racismo; sofre da síndrome do processo de colonização: o colono, assim que se apanha livre do colonizador, corre logo para o lugar do colonizador e ele próprio passa a colonizar os seus pares e os nativos à sua volta.
Espero que o governo caia rapidamente, para assim ter o grato prazer de a ver pelas costas, fora do Parlamento.

Adérito Barbosa in olhosemlente

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