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quinta-feira, 18 de julho de 2024

O Abuso de Poder e Corrupção na Presidência de José Maria Neves.


A criação, em 2007, da figura do cônjuge do Presidente da República e do gabinete de apoio tinha como objetivo fornecer suporte institucional ao cônjuge do chefe de Estado. No entanto, o flagrante abuso de José Maria Neves (JMN) ao levar sua namorada, Débora Carvalho, em viagens oficiais às custas do erário público é uma afronta descarada aos princípios republicanos e à moralidade administrativa.

É um escândalo que um chefe de Estado utilize recursos públicos para sustentar um relacionamento pessoal, desviando dinheiro que deveria ser investido em áreas essenciais para a população. Em vez de exercer seu papel de mediador e promotor de consenso, JMN transformou a Presidência da República num palco de escândalos, promiscuidades e abuso de poder.

No programa televisivo “Ponto por Ponto”, que assisti no YouTube, JMN afirmou: "desde o início defini as regras para a nomeação dos Embaixadores". Com esta afirmação, Neves ultrapassa todos os limites. Em democracia, nenhum Presidente da República tem o poder de criar ou definir regras para a execução de um poder constitucional. Num Estado, as regras são estabelecidas pela Constituição e pelas leis, e essas leis devem ser observadas rigorosamente por todos, inclusive pelo Presidente.

A nomeação de embaixadores é uma prerrogativa do governo, e não do presidente. A intervenção de JMN nesse processo é uma clara obstrução e oposição ao governo. Esta atitude não só demonstra um desrespeito pelas normas constitucionais, mas também mina a confiança nas instituições democráticas.

O nepotismo flagrante de JMN, ao criar um cargo fictício de "Primeira Dama" e atribuir um salário exorbitante de 310 mil escudos, é comparável aos piores exemplos de corrupção e favorecimento na história da política africana. Este tipo de prática é típico de regimes autoritários e corruptos, e não de uma democracia que se pretende séria e comprometida com a transparência.

A presença da Sra. Débora Carvalho nas viagens oficiais é um ultraje ao povo cabo-verdiano. O dinheiro público é desperdiçado levianamente em passagens, ajudas de custo e outras mordomias, enquanto a miséria se alastra cada vez mais pelas ilhas. O Presidente viaja a toda hora e para todo lado, e permanece fora muito além do tempo. Nenhum presidente visita outros países e fica por lá 10 dias. Dou conta que num mês veio a Lisboa três vezes. Pergunto eu: fazer o quê? José Neves transformou viagens oficiais em passeios de luxo.

É imoral que se gaste 310 contos mensais para manter um relacionamento. José Maria Neves deve ser responsabilizado pelas suas ações, que claramente configuram abuso de poder. A impunidade não pode prevalecer. Cabo Verde merece um líder que respeite a Constituição, que seja honesto, que não seja nepotista e que esteja comprometido com o bem-estar do povo, e não alguém que usa o cargo para satisfazer interesses pessoais. É hora de dizer basta a este tipo de comportamento. Também sei que ele tem uns capangas de serviço para dar surras a todos aqueles que ousam criticá-lo. Eu próprio já recebi ameaças de um capanguinha que prometeu vir a Lisboa calar-me por eu ter dito que o Sr Neves possui um QI muito fraco.
José Neves - um comunista menor a levar a vida de capitalista e machão com o dinheiro do povo.

Adérito Barbosa

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