poeta.adérito.barbosa.escritor.autor.escritor.artigos.opinião.política.livros.musica.curiosidades.cultura Olhosemlente

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Hoje escreve o Dr. especialista em assunto nenhum


Portugal é um país reconhecido pelo acolhimento de cidadãos de todo o mundo e pelo compromisso com a inclusão social. Compreende-se que as pessoas em busca de uma vida melhor têm o direito de encontrar oportunidades na nossa sociedade, e por isso Portugal oferece apoio nas áreas da educação, saúde e habitação para facilitar a transição e promover a integração de todos.

A Cova da Moura, na Amadora, abriga uma comunidade de imigrantes africanos de primeira à terceira geração, essa comunidade ocupa uma vasta área de terreno pertencente à família Canas, que há 50 anos luta para reaver a sua propriedade, sem sucesso. Aí começa o problema. Alguém ocupou um terreno e de lá nunca mais saiu.

Portugal oferece a essa e a outras comunidades acesso a cuidados de saúde, educação gratuita e programas de habitação social, com o objetivo de promover uma integração plena. Estes apoios incluem escolas onde os alunos têm acesso a materiais escolares, alimentação e até dispositivos tecnológicos gratuitos. Mas, então, por que a integração desta comunidade não acontece?

As elevadas taxas de abandono escolar e a falta de aproveitamento dos programas educativos levam a um afastamento da escola. O uso do dialecto crioulo, dentro do bairro, contribui significativamente para a autosegregação.

O mercado de trabalho europeu cada vez mais exigente, é outro fator importante para a não integração, e muitos dos adultos desta comunidade continuam a enfrentar dificuldades em encontrar trabalho estável e formal, Em parte, isto deve-se à baixa qualificação profissional, à falta de escolaridade e ao limitado domínio da língua. Mas também resulta das suas escolhas que os mantêm em setores da economia informal ou em atividades ilegais. Esta situação perpetua a pobreza e o isolamento, alimenta estigmas e preconceitos e cria uma imagem negativa da comunidade. É um ciclo que se reforça, dificultando a integração dos indivíduos que tentam escapar a esta realidade.

A Cova da Moura tornou-se num gueto onde muitas famílias residem em condições precárias. A própria estrutura e o isolamento do bairro dificultam o acesso a outras áreas e limitam a interação social com o resto do País. Muitos dos habitantes vivem num sistema de dependência do Estado, o que cria uma situação de estagnação. As habitações e os subsídios oferecidos não são soluções definitivas, mas sim paliativos que, sem oportunidades de mobilidade social, mantêm a comunidade numa condição vulnerável.

É também importante lembrar que a integração é um processo bilateral. A sociedade portuguesa precisa de estar aberta e disposta a integrar estas comunidades; por outro lado, os indivíduos e famílias da Cova da Moura devem fazer esforços conscientes para participar activamente na vida social, respeitar as normas e contribuir de forma construtiva. A criminalidade que muitas vezes marca a imagem da Cova da Moura mina a confiança da população portuguesa e reforça preconceitos que, embora injustos para muitos que procuram honestamente uma vida digna, dificultam a plena aceitação e integração da comunidade.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

domingo, 20 de outubro de 2024

O padrasto de Cabo Verde


O padrasto 

Duas verdades sobre Amílcar Cabral. Um luso-guineense comunista radical e violento, conhecido nos círculos comunistas como o "pai de Cabo Verde". Para mim, Cabral é o pai de alguns tansos comunistas de Cabo Verde, sim! Meu, não é em absoluto coisa nenhuma!

Vamos aos factos e às controvérsias:  

Cabral promoveu execuções e purgas internas. Alguns membros do seu próprio partido foram assassinados ou eliminados sob a acusação de traição. Esses assassinatos não foram amplamente documentados com pormenores, porque, à época, assim como hoje, os ditadores comunistas agiam e agem dessa maneira: manda-se matar e pronto! O carniceiro Cabral vivia obcecado com possíveis infiltrações e deslealdades. Houve vários casos em que ele aprovou assassinatos de opositores e dissidentes internos. As tensões entre diferentes facções, tribos e grupos sociais dentro do movimento contribuíram para essas execuções. Foi por isso que, no final, ele mesmo foi eliminado. Quem com ferros mata, com ferros morre.

Segundo ponto: Cabral e o seu movimento usaram táticas violentas que causaram sofrimento a civis, tanto guineenses como portugueses. Cabral era um marxista convicto, seguidor fervoroso do socialismo, e muitos críticos internos viam-no como um comunista radical. Na verdade, ele era um dos pontas-de-lança da União Soviética, Cuba e China em África. Cabral não era mais do que um instrumento da tirania comunista internacional.

E a verdade é esta: Cabral nada tinha a ver com Cabo Verde. Basta olhar para a cara dele: um guineense! Quando leio a literatura da Cristina Fontes, escrita em nome dos cabo-verdianos sobre o padrasto carniceiro Cabral, dá-me vómitos.

Adérito Barbosa in olhosrmlente.blogspost.com


sábado, 19 de outubro de 2024

Saúde mulheres com próstata


 Universidade de S.Paulo promove palestra para os dias 11 e 12 de novembro - palestra sobre:

"A história do corpo e a saúde das mulheres com próstata." 

Sim, é isso mesmo que vocês leram – mulheres com próstata! Parece que o mundo enlouqueceu. Agora vai ser interessante ver médicos a fazer exames de próstata nas mulheres.

Qualquer dia vão enfiar o dedo no cu dos homens à procura dos ovários.

O que me conforta é que já estou velho e a mim não me vão  o confundir a cabeça com essas modernidades.

Esses tipos vão tomando conta do mundo devagarinho e qualquer dia só há paneleiros por aqui!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Pastor de Vendavais


Nas margens do firmamento  

com a inocência desarmada 

de quem não sabe o que busca, 

sinto a presença de um enigma oculto  

na rosa, que não é apenas rosa.  

Olho para o sol, para o brilho das estrelas,  

num ímpeto que desafia o medo,  

tento compreender aquilo que se esconde  

nas tramas invisíveis do real.


Não é busca,  

é concepção… 

pressinto na sombra que inclina 

o olhar, resoluto na incerteza,  

um saber que não se afirma, 

mas apenas persiste.

E assim, fico,  

enquanto explode a geometria das ruas 

que não sabem de mim.


Solidão, como sempre…

a coisa se instala nas estrelas  

e, quando quero, faço dela  

um conto irónico de luz.  

Desenho, com indiferença, as lágrimas  

que caem no abismo do silêncio,  

silêncio feito de palavras que nunca li,  

mas que, em delírio, acreditei ter lido.  

Este é o meu destino  

Pastorear vendavais,  

sem jamais confiná-los  

no estreito campo daquilo 

que se chama real.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Estou vivo ainda

"Li esta madrugada a seguinte notícia:

'Mais homossexuais, afrodescendentes e ciganos nas forças de segurança: a recomendação é do Parlamento.

A Assembleia da República quer forças de segurança com mais elementos homossexuais, afrodescendentes e ciganos. A recomendação ao Governo já saiu em Diário da República.'

Para o Facebook não me castigar, entendi o seguinte: agora querem encher as polícias com: blacks, prostitutos, proxenetas, lésbicas e ciganos! Esqueceram-se dos bêbados e dos ladrões.

Levantei-me, peguei na máquina e tirei a tenção à tensão, vi a temperatura com um termómetro, fui dar um bafo no espelho e ficou embaciado. Concluí que ainda estou vivo. Deitei-me, puxei a manta e pensei: fodassssss…., porque não levam eles esse pessoal para o parlamento?

Para se entrar para as polícias deixou de ser necessário: aptidão física, testes psicotécnicos e cadastro limpo. Agora é por raças e orientação sexual.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com



Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Lugar denso


Somos muito mais  para além disto,

encontrámos sossego,

neste lugar denso

tantos eram os atrapalhos.

Com apenas quatro braços, 

e uns quantos cansaços, 

abraçamo-nos no silêncio  

e com a audácia dos poemas

ali ficámos a mirar o futuro  

de frente com uma certeza:

nada nos parou!


Adérito Barbosa, in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Eu nunca assaltaria um banco com o José.

 


Em conversa com jornalistas, José Maria Neves disse:  



- “Cabo Verde precisa de abordar o funcionamento das instituições públicas”.


Digo eu: — Concordo, Sr. Presidente, Cabo Verde precisa, sim, de abordar o funcionamento das suas instituições. E sabe por onde deveria começar? Pela Presidência da República e as manobras que o senhor tem conduzido daí. O senhor é o exemplo de uma instituição corrompida desde as suas fundações.


Mais à frente, o presidente acrescentou:  

  • “O país precisa de abordar o funcionamento das instituições públicas e devem ser assumidas responsabilidades, apontando o dedo a processos que precisam de clarificação”.


Digo eu: — Que coragem, José. O senhor ainda não percebeu que é parte do problema? Desde a independência, tem circulado livremente pelo sistema, enredado em corrupção. O senhor, que se autoproclamava comunista, sempre viveu como a elite burguesa, cercado de privilégios. Governou como um monarca absoluto por 15 anos e, agora, preside o país como um déspota. Sim, precisamos de abordar as instituições, para descobrir mais dos seus "negócios de bastidores", onde parece que favores amorosos são pagos com dinheiro do Estado e acordos escusos passam por debaixo da mesa.


O Presidente também afirmou:  

  • “Precisamos abordar globalmente o funcionamento das instituições e as responsabilidades que devem ser assumidas a todos os níveis (...), precisamos prestar atenção”.


Digo eu: — O povo de Cabo Verde precisa que o senhor tenha vergonha na cara! Que assuma que usou dinheiro público para sustentar relações amorosas e que pare de misturar negócios pessoais com os do Estado. Pare de gastar dinheiro do povo em viagens de luxo. O país precisa de um presidente que fale a língua oficial e que represente, de facto, os interesses do povo.


Sobre o caso do Mercado do Coco, José Maria Neves disse:  

  • “Há questões que devem ser debatidas pela sociedade cabo-verdiana”.


Digo eu: — Sim, essas questões precisam ser debatidas. Por exemplo, como é possível que o orçamento da Presidência seja tão inflacionado em apenas três meses? Como é possível que ande de avião emprestado por Angola? O que foi dado em troca desse favor? Ou será que emprestaram o avião porque o senhor é "bonito"? Desculpe, mas se há algo que não é, é bonito — nem de aparência, nem de caráter.


O Presidente ainda comentou:  

  • “Há contas de alguns municípios importantes do país que prescreveram e as pessoas não foram responsabilizadas”.


Digo eu: — Que cinismo, José! Agora quer desviar o foco, apontando o dedo aos outros? O que está realmente a dizer é: "se eles roubaram e não foram responsabilizados, porque é que eu deveria ser?". O senhor está apenas a tentar justificar-se, mas os cabo-verdianos não são cegos.


José Maria Neves questionou auditorias:  

  • “Lembram-se da auditoria sobre os manuais escolares? Há resultados? Alguém acompanhou esse processo?".


Digo eu: — José, isso é uma jogada velha. Quer dilatar os outros para desviar a atenção da sua própria conduta. Eu, sinceramente, nunca assaltaria um banco com o senhor. 


Ele continuou:  

  • “Há outras auditorias e contradições que exigem mais rigor e transparência. Temos de ser muito mais rigorosos sobre esta matéria”.

Digo eu: — Transparência? A sua presidência tornou-se uma verdadeira casa de escândalos, onde prevalecem segredos e trocas obscuras. É isto que o senhor chama de rigor?


Finalmente, José Maria Neves mencionou o caso dos leilões do INPS:  

  • “O Governo admitiu implicitamente que há intransparência e possíveis conflitos de interesses”.

Digo eu: — O Governo assumiu a intransparência, mas o senhor? Onde estão as suas responsabilidades? A sociedade cabo-verdiana merece mais do que discursos vazios e ações de fachada. O senhor continua a apontar o dedo, mas as suas mãos não estão limpas.


Vá-se embora, demita-se!


Adérito Barbosa in olhosrmlente.blogspot.com

A língua de Camões



Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...