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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Eu nunca assaltaria um banco com o José.

 


Em conversa com jornalistas, José Maria Neves disse:  



- “Cabo Verde precisa de abordar o funcionamento das instituições públicas”.


Digo eu: — Concordo, Sr. Presidente, Cabo Verde precisa, sim, de abordar o funcionamento das suas instituições. E sabe por onde deveria começar? Pela Presidência da República e as manobras que o senhor tem conduzido daí. O senhor é o exemplo de uma instituição corrompida desde as suas fundações.


Mais à frente, o presidente acrescentou:  

  • “O país precisa de abordar o funcionamento das instituições públicas e devem ser assumidas responsabilidades, apontando o dedo a processos que precisam de clarificação”.


Digo eu: — Que coragem, José. O senhor ainda não percebeu que é parte do problema? Desde a independência, tem circulado livremente pelo sistema, enredado em corrupção. O senhor, que se autoproclamava comunista, sempre viveu como a elite burguesa, cercado de privilégios. Governou como um monarca absoluto por 15 anos e, agora, preside o país como um déspota. Sim, precisamos de abordar as instituições, para descobrir mais dos seus "negócios de bastidores", onde parece que favores amorosos são pagos com dinheiro do Estado e acordos escusos passam por debaixo da mesa.


O Presidente também afirmou:  

  • “Precisamos abordar globalmente o funcionamento das instituições e as responsabilidades que devem ser assumidas a todos os níveis (...), precisamos prestar atenção”.


Digo eu: — O povo de Cabo Verde precisa que o senhor tenha vergonha na cara! Que assuma que usou dinheiro público para sustentar relações amorosas e que pare de misturar negócios pessoais com os do Estado. Pare de gastar dinheiro do povo em viagens de luxo. O país precisa de um presidente que fale a língua oficial e que represente, de facto, os interesses do povo.


Sobre o caso do Mercado do Coco, José Maria Neves disse:  

  • “Há questões que devem ser debatidas pela sociedade cabo-verdiana”.


Digo eu: — Sim, essas questões precisam ser debatidas. Por exemplo, como é possível que o orçamento da Presidência seja tão inflacionado em apenas três meses? Como é possível que ande de avião emprestado por Angola? O que foi dado em troca desse favor? Ou será que emprestaram o avião porque o senhor é "bonito"? Desculpe, mas se há algo que não é, é bonito — nem de aparência, nem de caráter.


O Presidente ainda comentou:  

  • “Há contas de alguns municípios importantes do país que prescreveram e as pessoas não foram responsabilizadas”.


Digo eu: — Que cinismo, José! Agora quer desviar o foco, apontando o dedo aos outros? O que está realmente a dizer é: "se eles roubaram e não foram responsabilizados, porque é que eu deveria ser?". O senhor está apenas a tentar justificar-se, mas os cabo-verdianos não são cegos.


José Maria Neves questionou auditorias:  

  • “Lembram-se da auditoria sobre os manuais escolares? Há resultados? Alguém acompanhou esse processo?".


Digo eu: — José, isso é uma jogada velha. Quer dilatar os outros para desviar a atenção da sua própria conduta. Eu, sinceramente, nunca assaltaria um banco com o senhor. 


Ele continuou:  

  • “Há outras auditorias e contradições que exigem mais rigor e transparência. Temos de ser muito mais rigorosos sobre esta matéria”.

Digo eu: — Transparência? A sua presidência tornou-se uma verdadeira casa de escândalos, onde prevalecem segredos e trocas obscuras. É isto que o senhor chama de rigor?


Finalmente, José Maria Neves mencionou o caso dos leilões do INPS:  

  • “O Governo admitiu implicitamente que há intransparência e possíveis conflitos de interesses”.

Digo eu: — O Governo assumiu a intransparência, mas o senhor? Onde estão as suas responsabilidades? A sociedade cabo-verdiana merece mais do que discursos vazios e ações de fachada. O senhor continua a apontar o dedo, mas as suas mãos não estão limpas.


Vá-se embora, demita-se!


Adérito Barbosa in olhosrmlente.blogspot.com

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