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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sinais

AUSENCIA

Coas mans cheas de vento

vou aloumiñar as follas dos fentos.
Coa miña linguaxe
namorarei os océanos.
Mentres ti me escalas
tentarei de lamber a túa pel quente.
Vou amosarme explícita.
Vou me anticipar ao teu abrazo,

vou amar esperta o teu corpo ausente.
De tanto percorrer as túas ladeiras t

éñote aprendido.
Neste labirinto non esquezo nada.
Estraño os teus xestos,
os pinceis humedecidos


cos que debuxas os meus contornos.
Amareite na distancia
chamareite a berros.
Imaxinarei os teus dedos
o seu latexar efémero.
Como doen as noites sen ti,

como fose a vida e non te teño.
Voute querer na distancia.

Vou esquecer a ausencia.

Asun Estévez (Noites, amenceres...e algo máis)
_______________________________________ X _______________________________________
 


SINAIS


O teu cheiro trouxe o vento
Que perfuma as folhas que voam,
...São os teus, os teus sinais!
Ah!, se conheço os teus sinais!…
És a minha maré.
A tua língua na minha pele
Arrepia-me,
Anda!
Abraça-me!
Imagina-me!…E Agora!?

Não dizes nada,
Foram muitas as vezes que me percorreste,
Conheces de cor este labirinto.
Como esquecer os gestos que faço
quando desenho os teus contornos?

Longe nesta prisão,
Ouço a tua voz

que me chama em silêncio.
Sim, relaxo-me quando me tocas
Tu, sabes disso.

Fica comigo
Esta noite.
Senta!
Fica, não digas nada!
A nossa vida nasceu agora!
Vou levantar, vou gritar
Vou exigir ao mundo a minha
parte.
Não te quero perder!
Não há distância,
Nem ausência que me vergue
Ou me quebre.

Adérito Barbosa
10 de outubro 2013

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