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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Amiga de uma vida

 


Dra, Leonídia Cunha, uma amiga de toda a vida.

Nossa vida não seria a mesma se não fôssemos amigos. Eu não trocaria a amizade da Léo por nada neste mundo, e nem consigo imaginar viver sem ela.

Como sempre, lá estava ela ao meu lado na festa de aniversário que minha esposa organizou.

Obrigado, Léo, por ser minha amiga. Se algum dia nos afastássemos, seria uma verdadeira tragédia para mim. 

Grande beijinho

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Presidente não é Deus




A conversa vazia de Janira sobre "concentração concertada" só confirma o que já sabíamos: ela pertence à mesma corja que Neves. A senhora, está deslumbrada pela própria arrogância, crê-se uma espécie de Têmis africana, uma deusa do parlapié. Mas, enquanto a verdadeira Têmis defendia a justiça com base na verdade, equidade e humanidade, Janira deturpa tudo isso. Para ela, a justiça é amoral, um jogo sujo, onde a perseguição a Neves é justificada por sua própria distorção da realidade. Denunciar a promiscuidade presidencial, para ela, é obra de quem não passa de uma cambada de malandros.


Enquanto Têmis colocava a justiça acima das paixões humanas, Janira rebaixa-se às poucas vergonhas do Neves, tratando amantes enfiadas no palácio como se fossem esposas legítimas, viajando ao lado dela como se nada fosse. Segundo Janira, a culpa não é dele, apesar do Neves ter afirmado em entrevista que ele mesmo autorizou os pagamentos. Janira acredita que a justiça é personificada nela, mas ao contrário de Têmis, que é cega e imparcial, Janira tem um olho bem aberto e o dedo no prato da balança, trapaceando descaradamente fazendo batota.


Agora, na sua fantasia delirante, Janira autoproclama-se deusa da justiça de Cabo Verde, a única que compreende as leis e a ordem, a protetora do pobre oprimido Neves. No papel de deusa das leis, Janira tornou-se na segunda esposa divina de Zeus Neves, sentando-se ao lado de Débora para confortá-la, enquanto protege a promiscuidade desenfreada de seu amado líder.


Será que foi dela a brilhante ideia de dizer a Neves que uma amante vale tanto quanto uma esposa? Janira está tão convencida de sua suposta sabedoria, que acredita ser comparável à da Minerva. Para ela, a sua opinião é a única que importa, mais do que a própria Justiça. Janira não vê crimes nas trapalhadas de Neves, e a balança dela indica que há uma diferença enorme entre o eventual julgamento de Neves e o de qualquer cidadão.


As recompensas e punições, para Janira, seguem a lógica corrupta do PAICV: os ricos comunistas do partido gastam à vontade, enquanto o povo continua na miséria, feliz por ver Neves esbanjar o dinheiro do estado nas suas aventuras promíscuas. Janira não simboliza outra coisa senão a imoralidade, carregando a tábua da lei para a sede do PAICV como se a justiça fosse um brinquedo nas mãos dos comunistas.


Janira recusa a ver que Neves cometeu abuso de poder, que ele é um déspota, um Robin Hood às avessas, que rouba os pobres para dar à namorada. Janira fecha os olhos para o facto do Neves ter avacalhado a figura da esposa e a dignidade de uma Primeira-Dama, e na sua cegueira seletiva, ela apoia as trapaças do Neves tornando-se cúmplice desse espetáculo grotesco.



Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Pedido de Renúncia ao mandato

Carta Aberta ao Presidente José Maria Neves: 


“Pedido de Renúncia por roubo”


Excelentíssimo Senhor Presidente José Maria Neves,


Venho, por meio desta, expressar a indignação de milhares de cidadãos que, assim como eu, observam atónitos os recentes acontecimentos envolvendo a gestão da Presidência da República. A recente divulgação do relatório da Inspeção

Geral das Finanças (IGF), datado de 07 de agosto, confirma existência de irregularidades graves e inaceitáveis que comprometem a integridade do mais alto cargo da nossa nação.

O relatório da IGF revela que a Presidência da República pagou, de forma indevida, a quantia de 5.396.352$00 à falsa Primeira-Dama, Débora Katisa Carvalho, durante 24 meses, sem qualquer base legal que justifique tais pagamentos. Como bem enfatizou a IGF, o cargo de Primeira-Dama não é uma função pública, não é eletivo e, portanto, não é passível de remuneração pelo erário público. Trata-se de um erro gravíssimo, que fere o princípio da legalidade e da moralidade que devem nortear a administração pública.


Além disso, os 2.259.480$00 pagos à ex-conselheira jurídica Marisa Morais, que nunca tomou posse de suas funções, demonstram um total desrespeito pelos recursos públicos. É inadmissível que o dinheiro do povo seja utilizado para sustentar pagamentos sem qualquer justificativa legal ou moral.


Tais actos, Senhor Presidente, não apenas denigrem a imagem da sua gestão, mas também minam a confiança do povo nas instituições que deveriam zelar pelo bem comum. A confiança do povo é a base de qualquer governo legítimo, e ela foi profundamente abalada.


Diante da gravidade das irregularidades apontadas, é impossível ignorar o peso da responsabilidade que recai sobre Vossa Excelência. Não podemos permitir que a administração pública seja conduzida com tamanho descaso pelas leis e pelo respeito que o cargo presidencial exige. 


Por isso, em nome da transparência, da ética e da confiança que o povo uma vez depositou em Vossa Excelência, venho, em conjunto com muitos cidadãos, pedir a sua renúncia ao mandato presidencial. A renúncia não é apenas um ato de responsabilidade, mas também um gesto de respeito ao povo cabo-verdiano e às instituições que devem ser preservadas e valorizadas.


A história sempre julgou com severidade os líderes que, diante de escândalos e irregularidades, optaram por se apegar ao poder em detrimento da honra e da integridade. Agora, Vossa Excelência tem a oportunidade de se redimir perante o povo e a história, permitindo que a nação siga em frente sem as sombras da dúvida e da desconfiança que hoje pairam sobre a sua administração.


Renuncie, Senhor Presidente. Faça isso pelo bem de Cabo Verde.


Atenciosamente,l


Aderito Barbosa

sábado, 3 de agosto de 2024

Esquece, janta e dorme


“Numa manhã, o professor pergunta à aluna:

 - Diz-me lá quem escreveu "Os Lusíadas"?

A aluna, a gaguejar, responde:

- Não sei, Sr. Professor, mas eu não fui. E começa a chorar. 

O professor, furioso, diz-lhe:

- Pois então, de tarde, quero falar com a tua mãe. 

Em conversa com a mãe, o professor faz-lhe queixa:

- Não percebo a sua filha. Perguntei-lhe quem escreveu 'Os Lusíadas' e ela respondeu-me que não sabia, que não foi ela... 

Diz a mãe:

- Bem, ela não costuma ser mentirosa, se diz que não foi ela, é porque não foi. Já se fosse o irmão... 

Irritado com tanta ignorância, o professor resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:

- Parece que o dia não lhe correu muito bem... 

- Pois não, imagine que perguntei a uma aluna quem escreveu "Os Lusíadas" respondeu-me que não sabia, que não foi ela, e começou a chorar. 

O comandante do posto:

- Não se preocupe. Chamamos cá a miúda, damos-lhe um "aperto", vai ver que ela confessa tudo!

- Com os cabelos em pé, o professor chega a casa e encontra a mulher sentada no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe esta:

- Então o dia correu bem? 

- Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a uma aluna quem escreveu "Os Lusíadas". Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ela, e pôs-se a chorar. A mãe diz-me que ela não costuma ser mentirosa. O comandante da G.N.R. quer chamá-la e obrigá-la a confessar. Que hei-de fazer a isto? 

A mulher, confortando-o:

- Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras...!”

Autor desconhecido

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

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