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sexta-feira, 20 de junho de 2014

E assim fizeram troça dos militares…

No ano de 1977, a cidade da Guarda foi a cidade escolhida pelo General Ramalho Eanes, então Presidente da República, para receber as cerimónias do dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Na altura, a Guarda engalanou-se para para receber o Presidente da República e os militares. Houve espectáculos de toda a ordem, incluindo um festival aéreo, exposição estática e os sempre esperados  saltos de demonstração dos páraquedistas, de que a miudagem e graúdos tanto gostam. Houve ordem e  respeito, tendo estado bem patente o orgulho dos militares que desfilaram e o orgulho da população, por ver ali tão perto os seus militares.
No ano de 2014, para a celebração da mesma data, o 10 de Junho, a Guarda voltou a ser a cidade eleita  para receber o evento.
 A cerimónia militar inclui os três ramos das Forças Armadas  e com a sua parada e desfile tem como objectivo, entre outros, mostrar aos Portugueses os equipamentos militares, dizer à população o que andam a fazer e lembrar e homenagear publicamente aqueles que tombaram em combate.
Ora, aconteceu que um grupo de manifestantes, identificados como membros da Fenprof se lembrou de ir perturbar a cerimónia militar, apupando e exibindo faixas com a inscrição “Governo Rua”, em claro desrespeito pelos militares.
 Eu também acho que o governo deve ser posto na rua! No entanto, naquele momento não estávamos perante qualquer parada do governo,  mas sim perante a parada e desfile dos três ramos das Forças Armadas de Portugal, que integravam na sua formatura o estandarte nacional!
Porque é que os manifestantes não foram fazer a algazarra na sessão  solene para entrega de condecorações, que se seguiu à cerimónia militar?
O Presidente da República, quer se goste ou não dele, ali na cerimónia militar erá só o Comandante-Chefe das Forças Armadas. Mesmo quando ele desfaleceu, a rapaziada representante dos professores lá continuou a algazarra e com a algazarra, esqueceu-se de que ali, na formatura que integrava o estandarte nacional, estavam militares que nada tinham  a ver com a acção dos governantes. Uma vergonha!
E este é o país que temos; já nem os professores respeitam as Forças Armadas; já nem os professores conhecem os valores e símbolos  de uma nação. Como podem eles ensinar os valores patrióticos aos seus alunos?

Justificar-se-ia melhor, nesta situação, uma carga policial da grossa no lombo destes arruaceiros do que as que, por vezes, ocorrem  na escadaria da  Assembleia da República, por uma simples pisadela no primeiro lance das escadas.

Adérito Barbosa in olhosemlente

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