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domingo, 15 de abril de 2018

O adeus às armas


Não, não estou a falar do romance de Ernest Hemingway, mas sim dos estatutos dos militares.
Desde que passei a ostentar o título de Reformado/DFA, nunca mais peguei numa arma e nem tenciono usá-la.
Soube que é intenção do MDN privar os militares reformados daquilo que consta no verso do seu BI - “direito ao uso e porte de arma, de qualquer natureza” e que os paspalhões dos chefes militares ficaram impávidos e serenos e deixando o Cowboy  Ministro da Defesa Nacional alterar o estatuto dos militares dizendo - todos os militares reformados devem fazer exames psicotécnico que ateste a sua idoneidade e ainda, deve ser sujeito a um despacho favorável do Director da PSP se quiserem ser portadores de armas.
Esta é boa: - Um militar que andou uma vida inteira abraçado às armas foi considerado idóneo para levar pancada, assim que passa à reforma deixa de ter idoneidade.
Para poder ser portador de uma arma o militar agora, terá de ir se agachar sem cuecas perante o Director da PSP acompanhado do competente atestado médico.
Também vos conto outra coisa:
Em Junho 2015 fui operado pela 4.ª vez à coluna vertebral. Entretanto fiz um requerimento ao EMFA, solicitando a reabertura do processo de averiguação por acidente em serviço.
A JSFAP, actualizou a desvalorização dos 0,45 para 0,65.
De entre outras diligências a Direcção de Pessoal da FAP, enviou o meu processo em novembro de 2017 para a CGA com meu conhecimento, acompanhado de uma nota: - “Actualizar a pensão se a isso tiver direito”.
Passado quatro meses telefonei para a CGA para saber do paradeiro do processo.
Resposta: o processo está cá, e está a guardar tratamento para depois o Sr.  ser chamado à Junta.
Junta? Qual Junta? Eu já fui à Junta de Saúde da FAP disse eu!
Não não, tem que ser visto pelos médicos da CGA.
Conclusão:. A Junta médica da CGA sobrepõe-se à JSFAP.
Alguém entende isto?

Adérito Barbosa in olhosemlente

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