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sábado, 12 de maio de 2018

FMI em cabo verde sim ou não?

CABO VERDE - corda mais bamba do que nunca.

O Sr. Primeiro -Ministro disse sim, mas veio logo a correr o seu Vice dizer não! A dívida pública de Cabo Verde, na casa dos 125% do PIB, pode precisar dum resgate, mas eles, os governantes, não se entendem.
Foi o que li. É óbvio que esta notícia não augura nada de bom para os Cabo-verdianos, sobretudo para os que vivem lá em baixo nas Ilhas. É motivo de preocupação, porque o FMI dá com uma mão e tira com a outra, dá-nos um chouriço e depois leva-nos o porco. Se houver dúvidas, perguntem aos Tugas, que nós sabemos bem das bordoadas que levámos nas costas e a dor que sentimos, quando a Troica nos enfiou o dedo no rabo, sem vaselina, com muito mais estilo do que o médico, dando toques na próstata.
O mais interessante foi ter lido num dos combos para comentários à notícia, numa plataforma, alguém achar ser uma boa ideia Cabo Verde pedir ajuda financeira ao FMI. Certamente essa cabecinha, formada na língua oficial crioula, do Monte Cara, julga que a intervenção do FMI é uma parceria estratégica! Nunca dizem que alguma coisa lhes foi oferecida pelo país tal, afirmando em vez disso:
- Fizemos uma parceria estratégica com o país tal!
Por favor, expliquem ao povo o que é um pedido de resgate financeiro, porque há gente que está feliz e contente, sentada em cima da sua ignorância e acha que é boa ideia. 
Mais uma vez fica demonstrado que a independência foi uma palermice e que os TACV – perdão, as actuais Linhas Aéreas de Cabo Verde, as tais que vão levar o nome de Cabo Verde aos quatro cantos do mundo sem passar pelo centro do mundo ( idiotice maior não é possível) - dificilmente conseguirão sobreviver no mercado livre da aviação civil internacional, pois como é que isso é possível com um ou dois aviões alugados? Não sei! Só se for para deitar fora o pouco dinheiro dos Cabo-verdianos, ou então por pura vaidade.
Um país com uma língua oficial X, que comunica na sua TV oficial com um dialecto Y não dá para entender; e para cúmulo, eu gostaria até de ler a redacção do pedido de resgate ao FMI num crioulo K.
Preciso de saber, para entender bem, quem são os Cabo-verdianos que vão frequentar o megalómano casino e com que dinheiro…  Isto cheira-me a trafulhice do chinês e a burrice dos governantes – o casino na Praia é uma anedota. Mais uma vez as nossas gentes com a mania das grandezas.
Não estou de acordo com tudo o que Max Maxwell diz, até porque também sou africano - mas será que tem razão? Ele lá saberá por que afirma o seguinte sobre "O AFRICANO"
   “É preciso aceitar e reconhecer que o Africano, por sua natureza, é muito burro e ignorante. Não importa o nível de escolaridade, naturalmente todos pensam e agem da mesma forma. Quando chega o final de semana licenciados, analfabetos, mestrados, etc, estão todos nas barracas a beber e curtir de forma incivilizada, tirando fotos e a publicar nas redes sociais com os seguintes títulos: "acontecendo, curtindo final de semana, beber não faz mal , etc". Quando chega o tempo de campanha eleitoral estão lá todos, fazendo violência: analfabetos, licenciados, mestrados, etc. Qual é a diferença? Nenhuma, todos são burros e pensam da mesma forma. A única coisa que o Africano adquire na escola é o diploma para emprego e a língua oficial e mais nada. Por isso África será pobre ainda por mais um século. O povo Africano é o unico no mundo que acredita muito no que ouve, mais do que no que vê. Razão pela qual são enganados sempre pelos mesmos lideres. O africano nunca deseja viver bem, mas sim viver muitos anos, mesmo sofrendo. E se lhe perguntar porque é que deseja viver muitos anos? Não te dará resposta, apenas ficará sem palavra. Não faz sentido que o negro Africano tendo magia por ficar rico em pouco tempo , ainda permaneça pobre e miserável. Tem medo da sua magia por saber que não vai conseguir cumprir as regras, porque sabe que é irresponsável, razão pela qual morrem muitos africanos de AIDS. O africano é o unico que não entende e não vê as coisas de forma real. Tem coragem de afirmar que "O rico vive mal e o pobre vive bem " , mesmo vendo a vida lamentável que o pobre vive e o luxo em que o rico vive. O Africano é o único que nunca luta por aquilo que lhe dará boa vida, mas sim por aquilo que lhe permitirá pisar os outros. O africano ama o poder de chefia, mesmo sem ganhar nada . O africano, só por ser promovido para ser Adjunto do Director duma escola primária, onde nem tem subsídio de nada, já se sente superior, o que é motivo de orgulho e desprezo. O Africano tem coragem de manter no poder um governo diabólico simplesmente por medo de perder o cargo de chefe do quarteirão no novo governo. O Africano é mestre em beber, dançar, fazer sexo com muitas mulheres, etc.  Esta é a riqueza mais procurada pelo negro Africano. O Africano sempre foi burro e irresponsável. Não pensa duas vezes para comprar um carro de luxo para uma amante, simplesmente por causa de relações sexuais. Entretanto os filhos não têm contas bancárias, a mobília é de baixo valor e a esposa não tem carro, etc. Por isso a riqueza do africano não é transmissível. Mulheres doutoras, licenciadas, analfabetas e demais gozam da mesma forma de pensar, todas se prostituem, publicam fotos sem roupa. O Africano é incapaz de se governar, razão pela qual estão sempre em conflitos políticos. O africano tem medo de mudanças na sua vida, por isso é oprimido sempre pelo mesmo opressor, mas nunca decide afastá-lo do poder. Este povo devia ser recolonizado para mais aprendizagem.”*** Africa is for foolishies”

O africano não aprendeu nada com os colonizadores; quis ser como eles, ou mesmo mais esperto do que eles. Partiu do princípio de que todos somos iguais.
É verdade, somos todos iguais - só que há uns mais iguais do que outros. Esqueceram-se de que é preciso percorrer um caminho longo, como:
- Escolas para os jovens;
- Formação para adultos;
- Saúde para todos;
- Saneamento básico;
- Alimentação e cidadania, sem esquecer a estrutura da familia.

E o que é que fizeram então em Cabo Verde? 
- Inventaram os TACV, a que agora chamam de companhia de bandeira.
- Encheram as ilhas de telemóveis, de carros de alta cilindrada e de jipes.  
- Colocaram o crioulo na Televisão e até pensaram em pô-lo nas escolas.
Já vi deputados a cantar no Parlamento, fazendo paródia em crioulo, exactamente na casa onde se legisla em língua portuguesa. Acreditam que são mais inteligentes, entre os africanos, quando assumem a africanidade. Para isso não tiveram pejo nenhum em adoptar como ídolo um guinéu e em glorificar épicas batalhas-fantasma travadas contra os Portugueses nas ilhas. Eu estava lá e não dei conta de nada. Também o Mário Soares, em privado, estaria a referir-se a Cabo Verde, ao dizer “Eh pá, livrámo-nos daquilo!”. A sorte do Mário foi não haver ninguém, na época, que pensasse.
Fiquei estupefacto quando vi e ouvi há dias, na TV, o Presidente da República de Cabo Verde solidarizar-se com o futebolista Semedo.
Ó Sr. Presidente, quando o ouvi solidarizar-se com o futebolista Semedo, preso em Espanha, pensei:
- Este homem está doido… ou está com grogue. 
Para finalizar e parafraseando Maxwell , este povo devia ser recolonizado para mais aprendizagem! 
Se calhar o homem tem razão…

Para lançar mais confusão, ontem ouvi o Sr. Vice-Primeiro-Ministro de Cabo Verde em Portugal dizer o seguinte: queremos pôr Cabo Verde a crescer economicamente 7% ao ano. 

Não dá para entender...

Adérito Barbosa in olhosemlente

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