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terça-feira, 1 de maio de 2018

Pimenta não olha a cus

Cu é na Química o símbolo do cobre, mas de acordo com o dicionário é um substantivo  masculino.
Em calão pode-se dizer que é rabo e, num tom mais Informal, bate no cu da garrafa - sim a garrafa tem cu.
A agulha também tem um cu, buraco por onde passa a linha.
Todos temos cu: uns andam de cu tremido, quando andam de carro e outros a cair de cu, quando batem com as nádegas no chão ou ficam espantados, sem palavras, por algo inesperado ou até por uma notícia que os deixa cépticos.
Roçar o cu pelas paredes é para os cus daqueles que são preguiçosos, ao contrário daqueles que vão até ao cu de Judas trabalhar.
Há também os cus de sono, expressão que se aplica, por exemplo, a filhos dorminhocos.
E ainda conhecemos aqueles que dão o cu por meio tostão, para conseguirem qualquer coisa, ou os que dão ao cu, que saracoteiam as ancas. Dar de cu acontece com os carros, quando viram a traseira para um dos lados.
E agora chega a mariquice: dar o cu, sexo anal, enquanto o agente passivo é sodomizado.
E encher o cu? Isso é só para os que comem demasiado.
Se isso não vale um cu, então não  tem valor nenhum.  Mas se o indivíduo nasceu com o cu virado para a Lua, identificamo-lo como um sortudo, que tem muita sorte em tudo na vida.
Pimenta no cu dos outros é refresco. Mas quando todos têm a mesma pimenta no traseiro, verifica-se que são todos iguais. Todos iguais. Tenham as cores que tiverem, o dinheiro que tiverem, ou as manias que tiverem... o cu arde de modo igual.

Adérito Barbosa in olhosemlente

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