poeta.adérito.barbosa.escritor.autor.escritor.artigos.opinião.política.livros.musica.curiosidades.cultura Olhosemlente

domingo, 16 de março de 2014

Morte ao sonho

Porque me fizeste sonhar
Porque me fizeste acreditar
Sabes que mentiste
Porquê?
Faz meia culpa!
Esse teu olhar de lua cheia
Iluminou a esperança que abracei

Ao acordar sem espreguiçar 
Como foste capaz?
Porquê tudo tão fugaz?
Sabes que mentiste
Faz meia culpa!
As vezes é no meio do silêncio
Que conto as histórias mais tristes
As que ninguém ouviu
Mas que as escutou o vento norte
Sossega, dei a vida 
Por esta causa.
Tu não sabes nada, não sabes nada!
Não me iludo mas, quero entender 
Quando encontrar conforto 
Neste copo de vinho.
Vou calar a consciência bêbeda,
Deste trago que trago comigo.
Sabes, uma farpa trespassou este sonho.
Há um prenúncio de morte
Que teima em pairar
E se o amor findar
Foi porque és  o que sempre 

negaste ser! Criança.
Adérito Barbosa in "olhosemlente"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...